A grande apoteose da Rota do Congo de Cariacica acontece durante o Carnaval de Congo de Cariacica, em Roda D’Água, considerado o único carnaval de congo de máscaras do Espírito Santo e do Brasil. Um espetáculo de cores, música, dança e alegria.
De acordo com a cultura popular, a tradicional festa surgiu a partir das procissões locais que eram feitas em homenagem a Nossa Senhora da Penha.
Diante da dificuldade de locomoção até o Convento da Penha, em Vila Velha, os moradores decidiram homenagear a santa saindo pelas ruas da localidade em procissões animadas música e tambores de congo.
Com o passar dos anos, a festa cristã organizada pelos brancos se fundiu às raízes negras e indígenas (na época, estes povos cobriam sua pele com máscaras e folhas de bananeiras – típicas das plantações locais -, dando origem, assim, ao personagem João Bananeira), tornando-se uma das festas mais singulares do folclore capixaba.
O Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D’Água recebe também a visita de bandas de congo de municípios vizinhos, como Vila Velha, Serra, Fundão, Viana e Vitória.
João Bananeira
Roda D’Água era área de quilombo e as máscaras eram usadas pelos antigos escravos que queriam participar da festa, mas não podiam ser reconhecidos. Com o passar do tempo, o uso das máscaras passou a ser uma brincadeira.
Os moradores da região, que hoje participam da festa, retiram a máscara ao final da celebração, revelando então sua identidade.
João Bananeira é o mascarado mais popular e característico, sendo fundamental para caracterizar a diferença e a originalidade das bandas de congos locais.
Culinária
A culinária também é um dos pilares da Rota do Congo de Cariacica. Os visitantes poderão degustar pratos típicos, como o caldo Soteco, comida típica da região de Alto Roda D’Água, que é feito à base de banana verde e carne. A receita vem da época da escravização e é feita até hoje.